criticismo radical parte 6: a felicidade

A felicidade tem sido discutida desde Platão até hoje, ela é a emoção mais complexa de todas, mas afinal o que é a felicidade?

A felicidade pode ser trabalhada como uma forma de aceitação do sofrimento e aqui não estou dizendo de aceitar o sofrimento e que não tem como escapar dele, mas que o sofrimento existe e não pode ser negado, no entanto ele pode ser superado e a superação do sofrimento não é a simples iluminação como vão dizer alguns budistas, a superação do sofrimento é a revolução, a mudança radical de uma sociedade para a outra.


O sofrimento do mundo tem fatores históricos, sociais e psicológicos estruturantes, isso significa dizer que a partir do momento que o sofrimento é parte da sociedade as tentativas individuais de superar ele se torna inválida pois o problema a ser superado não está no sujeito, mas na sociedade.


A também uma problemática em trazer o conceito de felicidade como simples aceitação do sofrimento e que pode ser superado, essa definição é muito reducionista para se lançar como a verdadeira definição de felicidade.

A felicidade não é só a aceitação do sofrimento, ela é o espectro aberto entre sofrimento e alegria, aberto porque só apartir do movimento de aceitação da existência do sofrimento do mundo que a nossa vida pode ter momentos felizes mais longos e aproveitados.


O problema de definir uma emoção é que elas são abstratas, qualquer pessoa pode ter um significado diferente para cada emoção, então por que definir elas?

Porque existe hoje no movimento revolucionário um medo pelo abstrato, um medo do subjetivo que precisa ser quebrado. Os marxistas são um povo ressentido, hipócritas de forma inconsciente (pelo menos a grande maioria deles), os mesmos que ao serem criticados não aceitam críticas, reclamam que suas críticas não são ouvidas, essa loucura pelo material precisa ser combatida aos montes, e, isso só é possível através da tentativa de definir um conceito abstrato e criticar esse conceito, a crítica as categorias subjetivas e objetivas.

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