Mikhail Bakhtin: o filósofo Marxista mais importante depois de Marx parte 1
Quando falamos de filosofia, logo lembramos da Alemanha, frança e Grécia, quando falamos de filosofia marxista, lembramos da Alemanha, mas a Rússia teve um impacto muito grande na teoria comunista. Quando falamos de Rússia e marxismo temos Lenin, trotsky, krupskaya, kollontai e plekhanov, esses autores e revolucionários são sim muito importantes pra teoria da organização e social, mas na área de filosofia não podemos esquecer do maior filósofo marxista após o próprio Marx, Mikhail Bakhtin, um filósofo russo essencial para compreender as relações sociais que formam a mente humana e a linguagem
A principal contribuição de Bakhtin é a sua teoria do marxismo e filosofia da linguagem. Bakhtin concluir que é impossível avançar a teoria marxista (e com isso a prática marxista) sem a adesão da filosofia da linguagem, o estudo dos símbolos ideológicos é muito importante para a gente entender a subjetividade da sociedade atual.
Bakhtin diz:
"Qualquer produto de consumo pode, da mesma forma, ser transformado em signo ideológico."
Mikhail Bakhtin aqui põe em prática sua teoria na totalidade, todo produto de consumo pode virar signo ideológico, mas esse "virar" não é um termo dentro de si mesmo, por exemplo o pão e o vinho são produtos de consumo que são também signos ideológicos da religião cristã (exemplo dado por Bakhtin), isso significa dizer que o produto de consumo vira um signo ideológico sendo um condicionante de um determinado grupo.
Mas Bakhtin vai além, ele não vai só falar sobre o produto de consumo, ele desenvolve seu pensamento (do primeiro capítulo) no signo ideológico.
Bakhtin diz:
"Cada signo ideológico é não apenas um reflexo, uma sombra da realidade, mas também um fragmento material dessa realidade."
Uma ideologia não é um mero reflexo da realidade, ela é a própria realidade que se reflete em si mesma, é nesse ponto que podemos entender Marx no ideologia alemã "a ideologia dominante é a ideologia das classes dominantes" essa afirmação não pode ser mais correta, a partir do momento que a ideologia se faz parte da realidade material, ele está se relacionando com ela.
Bakhtin introduz a infra e a superestrutura no signo ideológico, se o signo ideológico é um fragmento material da realidade, ele vai ter uma relação de si mesmo parecida com a realidade material.
Para Bakhtin o signo ideológico tem a forma e o tema indissociáveis entre si, por exemplo a foice e martelo são a forma de um signo ideológico, sem o tema (o conteúdo do signo) faz os objetos perderem sentidos, sem a forma e com o tema; o tema em si tornasse vazio.
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